quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

As relatividades do relacionamento

Minha avó sempre dizia: "Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher". Sábias palavras essas de minha vovózinha.

Traição é sempre traição e ponto. A questão é o significado que isso tem para quem a pratica e para a vítima da traição, ou seja, o (a) enganado (a).

As pessoas continuam se relacionando umas com as outras, continuam buscando o amor de suas vidas, a tampa da panela, os tais dos chinelos velhos para os pés cansados, porque no fundo, guardam a esperança de que aquele a quem oferecem o seu amor, não irá decepcioná-las.

Quem traí, expõe uma insegurança que não consegue controlar. O medo de ser deixado, o medo de se parecer impotente, de perder a virilidade. Quanta bobagem!

Não se trata de medir o grau da traição. Isso é imensurável. Mas considerações relativizadas acerca do realcionamento entre dois seres humanos se faz necessário. Uma coisa é num momento de fraqueza, de insegurança, beijar um outro alguém sem a menor ligação ou sentimento. Outro, bem diferente, é manter um caso de anos, uma família paralela. Conseguir ter duas caras e sangue frio suficiente para chegar em casa dar um beijo na esposa, com quem divide filhos e problemas há mais de 20 anos, depois de ter passado o dia todo com outra mulher.

Respeito é o mínimo que se pede. Nem se pede, se espera.

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